sexta-feira, março 30, 2007

VAVADIANDO.OS AUTORES

Durante o jantar dedicado a Fernando Dacosta, os autores deste blogue foram apanhados em flagrante pela mulher do mais alto, eternizando este momento de secreta ternura numa bela fotografia. A foto é da MEC (que "Detesta Sopa", mas comeu caldo verde nessa noite!).

E agora,-

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à maneira de

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com acuçar e afecto

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um beijo

para a MEC

e para a Isabel

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(tens uma hora para sair dai!)

:)

quinta-feira, março 29, 2007

VáVá.diando com Nuno Judice



Nuno Júdice


(Váva.diando a 11 de Abril)



Dados biográficos:

Nasceu em 1949, em Mexilhoeira Grande (Algarve).
Formou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. É Professor Associado da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou em 1989 com uma tese sobre Literatura Medieval. Tem publicado estudos sobre teoria da literatura e literatura portuguesa. Publicou antologias, como a da Poesia do Futurismo português, edições críticas como a dos Sonetos de Antero de Quental e tem uma colaboração regular em jornais e revistas com críticas de livros e crónicas.
Colaborou em acções de divulgação cultural, como as "Letras Francesas" (1989), com uma apresentação de autores franceses contemporâneos, e organizou a "Semana Europeia de Poesia" no âmbito de Lisboa Capital Europeia da Cultura (1994). Foi o comissário para a área da Literatura de "Portugal como país-tema da 49ª Feira do Livro de Frankfurt", em 1997.
É poeta e ficcionista. Publicou o primeiro livro de poesia em 1972. Recebeu os mais importantes prémios de poesia portugueses: P.E.N. Clube, em 1985, D. Dinis da Fundação Casa de Mateus, em 1990 e da Associação Portuguesa de Escritores, em 1994, este último com o livro "Meditação sobre ruínas". Em 1999 teve o prémio Bordalo da Casa da Imprensa com o romance «Por todos os séculos». Em 2001 recebeu o Prémio da Crítica, da Associação Portuguesa dos Críticos Literários. Em 2002 teve o prémio Ana Hatherly pelo livro «O estado dos campos».
Está representado em numerosas antologias, tendo participado nos mais importantes festivais de poesia, como o de Roterdão e o de Medellin.
Dirigiu a revista "Tabacaria" da Casa Fernando Pessoa até ao número 8, publicado em 1999.
Foi nomeado em 1997 Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto Camões, em Paris, cargos que exerceu até Fevereiro de 2004. É um dos responsáveis pelos Seminários colectivos de tradução de poesia, que se realizam duas vezes por ano no Palácio de Mateus, no Norte de Portugal, e membro permanente do júri do Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus.
É autor de uma peça de teatro, «Flores de estufa», representada no Porto e em Lisboa, tendo traduzido as peças «Sertório» (representada pelo Teatro da Cornucópia com encenação de Luís Miguel Cintra), «A Ilusão Cómica»,(representada no Teatro nacional S. João com encenação de Nuno Carinhas) e «O Cerco» de Armand Gatti (representado no festival de teatro de Almada com encenação de Michel Simonot).

Bibliografia do Autor:

Poesia:
1972 - A Noção de Poema, Publicações Dom Quixote, Lisboa.
O Pavão Sonoro, «in «Novembro».
1973 - Crítica Doméstica dos Paralelepípedos, Publicações Dom Quixote, Lisboa.
1974 - As Inumeráveis Águas, Assírio & Alvim, Lisboa.
1975 - O Mecanismo Romântico da Fragmentação (Prémio Pablo Neruda), Inova, Porto.
1976 - Nos Braços da Exígua Luz, Arcádia, Lisboa.
1978 - O Corte na Ênfase, Inova, Porto.
1981 - O Voo de Igitur num Copo de Dados, & etc., Lisboa.
1982 - A Partilha Dos Mitos, A regra do Jogo, Lisboa.
1985 - Lira de Líquen (Prémio de Poesia do Pen Clube), Rolim, Lisboa.
1988 - A Condescendência do Ser, Quetzal, Lisboa.
1989 - Enumeração de Sombras, Quetzal, Lisboa.
1990 - As Regras da Perspectiva (Prémio D. Dinis da Fundação casa de Mateus),Quetzal, Lisboa.
1991 - Uma Sequência de Outubro, Comissariado para a Europália, Lisboa.
Obra Poética (1972-1985) , Quetzal, Lisboa.
1992 - Um Canto na Espessura do Tempo, Quetzal, Lisboa.
1995 - Meditação sobre Ruínas, (Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores), Quetzal, Lisboa.
1996 - O Movimento do Mundo, Quetzal, Lisboa.
Poemas em Voz Alta (com CD/poemas ditos por Natália Luiza), Presença/Casa Fernando Pessoa, Lisboa.
1997 - A Fonte da Vida, Quetzal, Lisboa.
1998 – Raptos, Quetzal/Casa Fernando Pessoa, Lisboa.
1999 – Teoria Geral do Sentimento, Quetzal, Lisboa.
2001 – Poesia Reunida (1997-2000), Dom Quixote, Lisboa.
2002 – Pedro lembrando Inês, Dom Quixote, Lisboa
Cartografia de Emoções, Dom Quixote, Lisboa
2003 – O Estado dos Campos, Dom Quixote, Lisboa.


Ficção:
1977 - Última Palavra: «sim», & etc., Lisboa.
1981 – Plâncton, Contexto, Lisboa.
1982 - A Manta Religiosa, Contexto, Lisboa.
1984 - O Tesouro da Rainha de Sabá, Conto Pós-Moderno, Rolim, Lisboa.
1984 – Adágio, Quetzal, Lisboa.
1994 - A Roseira de Espinho, Quetzal, Lisboa.
1997 - A Mulher Escarlate, Brevíssima, Contexto-Civilização.
1998 - Vésperas de Sombra, Quetzal, Lisboa.
1999 – Por Todos os Séculos, Quetzal, Lisboa.
2000 – A Árvore dos Milagres, Quetzal, Lisboa.
2003 – A Ideia do Amor e Outros contos, Publ. Dom Quixote, Lisboa.
2004 – O anjo da tempestade, Publ. Dom Quixote, Lisboa.

Ensaio:
1986 - A Era de «Orpheu», Teorema, Lisboa.
1991 - O Espaço do Conto no Texto Medieval, Vega, Lisboa..
1992 - O Processo Poético, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa.
Portugal, Língua e Cultura, Comissariado para a Exposição de Sevilha.
1993 - Voyage dans un Siècle de Littérature Portugaise, L’Escampette, Bordéus.
1997 - Viagem por um século de literatura portuguesa, Relógio d'Água, Lisboa.
1998 - As Máscaras do Poema, Árion, Lisboa.
2003 – B.I. do Capuchinho Vermelho, Apenas Livros, Lisboa.

Teatro:
1979 - Antero - Vila do Conde, & etc, Lisboa.
1993 - Flores de Estufa, Quetzal, Lisboa.

Edições críticas e antologias:
1977 – Novela Despropositada de Frei Simão António de Santa Catarina, o Torto de Belém, Assírio & Alvim.
1981 - Poesia de Guerra Junqueiro, col. Textos Literários, Ed. Comunicação,
1992 – Sonetos de Antero de Quental, Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
1993 - Poesia Futurista Portuguesa (Faro 1916-1917) , 2ª ed., Vega (1ª ed. em A Regra do Jogo).
1998 – Cancioneiro de D. Dinis, Teorema.

Traduções:
Corbeille, Sertório, ed. Colibri.
Corneille, A Ilusão Cómica, ed. Teatro Nacional S. João.
Emily Dickinson, Poemas e Cartas, ed. Colibri, 2000.
Jorge de Montemor, Diana, Teorema, 2001.

OBRA TRADUZIDA:

VENEZUELA
Antología poética, Ediciones Angria, 1996, Caracas (Trad. de Eduardo Estévez com Neni Tábora).

ESPANHA:
Un canto en la espesura del tiempo, Calambur, Madrid, 1995 (trad. José Luís Puerto).
Antologia, Collección Visor de Poesia, Visor Libros, Madrid, 2003 (trad. Vicente Araguas).

MÉXICO
Teoría general del sentimiento, Trilce ediciones, México, 2001 (trad. Blanca Luz Pulido).

FRANÇA
Ensaio
Voyage dans un Siècle de Littérature Portugaise, L’Escampette, Bordéus, 1993 (trad. Marie Hélène Piwnik).
Poesia
Enumération d'ombres, Editions de Royaumont, 1990 (trad. Michel Chandeigne).
Les Degrés du Regard, L’Escampette, Bordeaux, 1993 (trad. Michel Chandeigne).
Un chant dans l'épaisseur du Temps, suivi de Méditation sur des Ruines, Poésie/Gallimard, Paris, 1996 (trad. Michel Chandeigne).
Lignes d’eau, Fata Morgana, 2000 (trad. Jean-Pierre Léger).
Pedro, évoquant Inès, Fata Morgana, 2003 (trad. Marie-Claire Vromans).
Romance
Traces d’ombre, Metailié, Paris, 2000 (trad. Geneviève Leibrich).

BÉLGICA
La Condescendance de l'être, Le Taillis Pré, Bruxelles, 1997 (trad. Michel Chandeigne).
Le Mouvement du Monde, Le Taillis Pré, Bruxelles, 2000 (trad. Michel Chandeigne).

SUÉCIA
Källskrit, Aura latina, Malmö, 1998 (trad. Lasse Söderberg).

DINAMARCA
Vandlinier, Brøndum, 1998 (trad. Merete Nissen e Per Aage Brandt).

HOLANDA
Recept om blauw te maken, Wagner Van Santen, 1998 (trad. August Willemsen).

VIETNAM
Tuyen tâp tho, trad. Diêm Châu, ed. Trh Bây, 1999.

ITÁLIA
Ficção :
Adagio, Ed. Sestante, 1994 (trad. Fábio Pusterla).
Poesia:
La poesia corrompe le dita, Colpo di fulmine Edizioni, Verona, 1991 (trad. Adelina Aletti).

BULGÁRIA
ΛИРИКА, ed. Karina M., Sófia, 1999 (trad. Giorgi Mitzkov).

ISRAEL
Meditação sobre ruínas, ed. Carmel, Telavive (trad. Aaron Amir).

REPÚBLICA CHECA
Ŝarlatova Žena, Argo, Praga, 1999 (trad. Pavla Lidmilová).

VáVà.Diando com Dacosta



Fernando Dacosta


e as “Máscaras de Salazar”


Conheci Fernando Dacosta não me lembro já quando. Ambos andámos pelo “Diário de Lisboa", numa época de boas e más recordações. As boas são as que agora interessam, o jornal era um farol de resistência num período de cinzentismo e opressão, ali se tentava escrever aspirando à Liberdade. Ele era jornalista encartado, eu crítico de cinema (ao lado de uma super equipa de críticos de que faziam parte também Mário Castrim, na Televisão, Carlos Porto, no Teatro, Mário Vieira de Carvalho, na Música, por exemplo). Depois coabitámos na Pró-Jornal, ele jornalista em “O Jornal”, eu crítico numa boa época do “Sete”. Um dia, João Soares convidou-nos para, ao lado de outros nomes, integrarmos ambos um Júri para avaliarmos umas duas dezenas de peças de teatro, encenadas por grupos de amadores na região de Lisboa. Excelente iniciativa, noites sucessivas de demanda de teatros, teatrinhos e casas pessoais, onde com amor e por vezes muito talento de fazia teatro. Foi nessas noites de deambulação por bairros de Lisboa que a amizade se estreitou, para se cimentar, mais e mais, há semanas, durante o “Famafest 2007”, de que Fernando Dacosta aceitou fazer parte como presidente do Júri Internacional.
Mas também nos últimos tempos ele tinha sido minha companhia diária, enquanto dele lia “Máscaras de Salazar”, um magnifico trabalho literário, difícil de catalogar num género pré-definido, pois tanto é biografia de Salazar (para o que convoca dados novos e interpretações complexas, afastadas dos maniqueísmos redutores habituais), como auto biografia, sendo sobretudo um retrato panorâmico de uma época de que muito se fala, sem todavia se ter dela conhecimento certo e vivencial. Dacosta mostra que viveu os tempos, conviveu com as personagens, e não se fica pela radiografia facilitista, tirado do lado esquerdo ou do lado direito do enquadramento. Se a imparcialidade não é deste mundo, a sua procura é-o. Dacosta fala de décadas de opressão, de ditadura paternalista, de provincianismo misantropo, de apagada e vil tristeza, de censura e perseguição, mas não deixa de iluminar também alguns aspectos que muitos querem esquecidos. A História só se faz depois de ultrapassados preconceitos. Os fantasmas só se enterram depois de, por alguma forma, terem sido psicanalizados, isto é, assumidos e apagados da memória colectiva enquanto tal: fantasmas, ou seja mitos. Se muitos mais já tivessem realmente “compreendido” Salazar ele não teria sido seguramente o mais votado dos “portugueses maiores”. Lá teria o seu lugar num cantinho da História, dedicado àqueles que, por virtudes que tenham, as defendem com vícios indesculpáveis. Para quem ama a Liberdade e por ela se bateu, a entronização de quem não soube nunca viver com ela é um facto preocupante. Mas mais preocupante ainda é ver uma esquerda histérica a dar mais votos a quem quer ver reduzido ao seu verdadeiro lugar na História, de cada vez que fala ou espuma pela boca.

Dito isto sobre “Máscaras de Salazar”, seu último trabalho e o de maior sucesso de público e de crítica, deve acrescentar-se que Fernando Dacosta não é autor de uma única obra.
Romancista, dramaturgo, jornalista, conferencista, Fernando Dacosta nasceu em Luanda a 12 de Dezembro de 1945 de onde foi, ainda criança, para o Alto Douro. Após frequentar o liceu na cidade de Lamego fixa-se em Lisboa, cursa Letras e inicia-se no jornalismo e na literatura. Foi director dos “Cadernos de Reportagem” e co-editor da “Relógio d´Água”.
A sua primeira peça de teatro, "Um Jipe em Segunda Mão ”, sobre a guerra colonial, vale-lhe o Grande Prémio de Teatro RTP, o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos e o Prémio Casa da Imprensa. “A Súplica ” (monólogo de uma mulher em ruptura com a realidade pós 25 de Abril), “Sequestraram o Senhor Presidente” (obra localizada no período revolucionário), “A Nave Adormecida ” (oratória do Portugal colonialista) e “A Frigideira” (inédito), são outros dos seus trabalhos dramatúrgicos.
“Os Retornados Estão a Mudar Portugal”, narrativa da integração dos portugueses regressados de África, obtém o “Prémio Clube Português de Imprensa”. “Moçambique, todo o sofrimento do mundo ”, vence os prémios “Gazeta” e “Fernando Pessoa” de 1991. “O Despertar dos Idosos ” recebe o prémio “Gazeta” de 1994.
Com “O Viúvo”, metáfora sobre a perda do império, conquista o Grande Prémio de Literatura Círculo de Leitores. “Os Infieis”, parábola à volta dos que ousam trair o estabelecido, como os navegadores de quinhentos, e "Máscaras de Salazar", crónica memoralista, são, respectivamente, os seus últimos romances e narrativa.
Apresentou durante 1991 e 1992 uma rubrica sobre livros na RTP-1. Integrou os júris dos principais prémios literários portugueses. Foi agraciado em 2005 pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

domingo, março 25, 2007

e na sombra que pode ser luz descanso...


enquanto,



politicamente incorrecto fumo o presente com a saudade do futuro.

domingo, março 11, 2007


Para um Lauro cinéfilo e para um Intruso "ganhador"...





um abraço. e porque o sonho é Criador deixo-Vos assim:





"nada como a memória de um mar. em brasa"

quinta-feira, março 01, 2007

TERTÚLIA, DIA 28 DE MARÇO: FERNANDO DACOSTA

FERNANDO DACOSTA

Fernando Dacosta
(Biografia)

Romancista, dramaturgo, jornalista, conferencista, Fernando Dacosta nasceu em Luanda a 12 de Dezembro de 1945 de onde foi, ainda criança, para o Alto Douro. Após frequentar o liceu na cidade de Lamego fixa-se em Lisboa, cursa Letras e inicia-se no jornalismo e na literatura. Foi director dos “Cadernos de Reportagem” e co-editor da “Relógio d´Água”.
A sua primeira peça de teatro, "Um Jipe em Segunda Mão ”, sobre a guerra colonial, vale-lhe o Grande Prémio de Teatro RTP, o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos e o Prémio Casa da Imprensa. “A Súplica ” (monólogo de uma mulher em ruptura com a realidade pós 25 de Abril), “Sequestraram o Senhor Presidente” (obra localizada no período revolucionário), “A Nave Adormecida ” (oratória do Portugal colonialista) e “A Frigideira” (inédito), são outros dos seus trabalhos dramatúrgicos.
“Os Retornados Estão a Mudar Portugal”, narrativa da integração dos portugueses regressados de África, obtém o “Prémio Clube Português de Imprensa”. “Moçambique, todo o sofrimento do mundo ”, vence os prémios “Gazeta” e “Fernando Pessoa” de 1991. “O despertar dos Idosos ” recebe o prémio “Gazeta” de 1994.
Com “O Viúvo”, metáfora sobre a perda do império, conquista o Grande Prémio de Literatura Círculo de Leitores. “Os Infieis”, parábola à volta dos que ousam trair o estabelecido, como os navegadores de quinhentos, e "Máscaras de Salazar", crónica memoralista, são, respectivamente, os seus últimos romances e narrativa.
Apresentou durante 1991 e 1992 uma rubrica sobre livros na RTP-1. Integrou os júris dos principais prémios literários portugueses.
Foi agraciado em 2005 pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.

Bibliografia:
Romance:

“O Viúvo”, edições Dom Quixote, Círculo de Leitores, 1986, Editorial Notícias 1996, Planeta Agostini (edição de bolso) 2001 e Casa das Letras 2007 (sete edições) — Grande Prémio de Literatura Círculo de Leitores
“Os Infieis”, edições Dom Quixote 1992, Círculo de Leitores 1993 e Editorial Notícias 1998

Teatro:
“Um Jipe em Segunda Mão”, edição Ulmeiro, 1983 (esgotado) — Grande Prémio de Teatro RTP, Prémio da Associação da Associação Portuguesa de Críticos e Prémio Casa da Imprensa
“A Súplica”, edição Ulmeiro, 1983 (esgotado)
“Sequestraram o Senhor Presidente”, edição, Relógio D´Água, 1984 (esgotado)
“A Nave Adormecida”, Teatro Aberto, 1988

Narrativa:
"Máscaras de Salazar", Editorial Notícias 1998, Círculo de Leitores 1999 e Casa das Letras 2006 (18 edições)
“Nascido no Estado Novo”, Editorial Notícias 2001, Círculo de Leitores 2002, Casa das Letras 2007
“Mineiros”, Edições Audiovisuais, 2001
"A Escrita do Mar", Edições Audiovisuais, 1998
"Cartas de Amigo", Edições Audiovisuais, 1997
"O Príncipe dos Açores",Edições Audiovisuais, 1996
“A Clínica das Inovações”,edição Império, 1995
"O Despertar dos Idosos", edições "Público", 1994 - Prémio Gazeta
“Moçambique, todo o sofrimento do mundo”, edições “Público”, 1991 — Prémios Gazeta e Fernando Pessoa
“Os Retornados Estão a Mudar Portugal”, edição Relógio D´Água, 1984 (esgotado) — Prémio Clube Português de Imprensa,
“Paixão de Marrocos”, Edições Asa, 1992
“A Ilha da Sabedoria”, edições Éter, 1996

Conto:
“Onde o mar acaba” (antologia), Dom Quixote, 1991;
“Um olhar português” (antologia), Círculo de Leitores, 1992;
“Imaginários Portugueses ” (antologia), edições Fora do Texto, 1992

DEFINIÇÃO LITERÁRIA
A obra de Fernando Dacosta enquadra-se, reformulando-a sob novas perspectivas, na corrente preservadora da identidade portuguesa após o fim do colonialismo e a entrada na Comunidade Europeia.
A sua escrita tem, simultaneamente, reflexos barrocos e clássicos, surrealistas e românticos, anarquistas e poéticos. Testemunha de rupturas e transformações profundas do País (ditadura-revolução-democracia-globalização) o autor preocupou-se desde cedo em fixar e transmitir, através do jornalismo, do teatro, do romance e da narrativa, a memória do seu tempo. “Sem memória não há pensamento, sem pensamento não há ideias e sem ideias não há futuro”, afirma.